Durante uma recente entrevista em um podcast, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que não irá transferir seu legado político para ninguém, especialmente em relação às eleições de 2026. Esta declaração foi dada em um momento tenso, pouco antes do julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe. Tarcísio, considerado um potencial sucessor, disse que sua proximidade com Bolsonaro não deve ser mal interpretada. Ele também abordou elogios feitos à Justiça Eleitoral, defendendo a necessidade de discussões sobre a segurança do sistema, sem comprovações de fraudes em eleições anteriores.

Os professores da rede estadual de São Paulo, representados pelo sindicato Apeoesp, decidiram em assembleia realizar uma greve a partir do dia 25 de abril para pressionar o governo de Tarcísio de Freitas. A mobilização, que ocorrerá diante da falta de respostas a uma pauta de reivindicações protocolada anteriormente, contará com atos públicos, carreatas e aulas abertas. A categoria demanda aumentos salariais, a climatização das salas de aula e a reabertura de classes. A situação dos profissionais de educação é preocupante, com baixos salários e péssimas condições de trabalho, segundo a Professora Bebel.

Um levantamento recente do instituto Paraná Pesquisas atualizou os cenários para a corrida ao governo de São Paulo em 2026, apresentando Tarcísio de Freitas como principal candidato, acumulando 37,8% das intenções de voto. O ex-governador Geraldo Alckmin segue em segundo lugar com 24,7%. O ex-coach Pablo Marçal, apesar de sua inelegibilidade, ainda tem 16,2% das preferências. Outros candidatos como Alexandre Padilha e Paulo Serra aparecem com porcentagens menores. A pesquisa, com 1.650 entrevistas, ocorreu entre 20 e 23 de fevereiro, e apresenta uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, poderia ser o principal nome da direita para as eleições presidenciais de 2026, caso Jair Bolsonaro permaneça inelegível. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele comentou sobre a possibilidade de Bolsonaro recuperar seus direitos políticos e defendeu a anistia de presos pelos atos de 8 de janeiro. Ferreira ainda sugeriu que a inelegibilidade de Bolsonaro pode ser revertida no TSE quando Kassio Nunes Marques assumir a presidência, além de admitir planos de candidatura ao Senado.

Uma pesquisa realizada pelo Real Time Big Data e divulgada em 14 de fevereiro de 2025, aponta Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, como favorito para a reeleição em 2026. A inelegibilidade de Jair Bolsonaro gera discussões sobre possíveis candidaturas de outros nomes da direita. Nos diferentes cenários analisados, Tarcísio lidera com percentuais expressivos de voto, superando seus potenciais adversários como Pablo Marçal, Geraldo Alckmin e Guilherme Boulos. Caso não seja candidato, Ricardo Nunes se destaca como líder entre os candidatos. O levantamento entrevistou 1.500 eleitores, com margem de erro de três pontos percentuais.

Gilberto Kassab, presidente do PSD e secretário do governo de Tarcísio de Freitas em São Paulo, afirmou a aliados que não apoiará uma eventual candidatura do governador à Presidência em 2026. Kassab promete evitar que Tarcísio cometa o mesmo erro de João Doria, que abriu mão da reeleição em 2022 sem sucesso. Caciques do PL acreditam que, se Jair Bolsonaro permanecer inelegível, Tarcísio poderia liderar uma chapa conservadora. Kassab sonha em ser vice-governador ao lado de Tarcísio em uma candidatura à Presidência em 2030, enquanto apoia Ratinho Júnior para o Planalto em 2026.

A violência policial em São Paulo, sob o governo Tarcísio de Freitas, está se intensificando, com um aumento alarmante de 71% nas mortes causadas pela polícia apenas no primeiro semestre de 2024. Dennis Pacheco, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirma que essa escalada reflete um modelo de policiamento que prioriza o uso da força letal. Recentes casos de brutalidade, como a agressão a um motociclista e o assassinato de um homem por um PM, expõem uma política que se beneficia da espetacularização da violência, fundamental para a construção de uma plataforma política eleitoral do governador.

Faltando cinco dias para as eleições, Jair Bolsonaro participou de um culto na Igreja Sara Nossa Terra em São Paulo, acompanhado do prefeito Ricardo Nunes e do governador Tarcísio de Freitas. Durante o evento, Bolsonaro fez orações pedindo que os brasileiros não sofram com as 'dores do comunismo', enquanto Nunes recebeu bênçãos do bispo Robson Rodovalho. O governador Tarcísio também elogiou Bolsonaro, afirmando que sua vida é um milagre. Em seguida, os três se dirigiram a uma pizzaria, onde interagiram com apoiadores, encerrando a noite com um evento interativo e religioso.

Jair Bolsonaro reagiu com hostilidade ao pedido de desculpas exigido por Pablo Marçal, que condicionou seu apoio ao prefeito Ricardo Nunes no segundo turno das eleições em São Paulo a uma retratação do ex-presidente. Durante uma entrevista, Bolsonaro se manifestou de maneira agressiva, desconsiderando a possibilidade de se desculpar. Além de Nunes, Marçal também exige desculpas de outras figuras políticas, incluindo o governador Tarcísio de Freitas e o deputado Eduardo Bolsonaro. Flávio Bolsonaro afirma que seu pai não teme perder espaço político para Marçal, com pesquisas indicando que a rivalidade em 2026 seria favorável a ele.

Gilberto Kassab, presidente do PSD, argumenta que Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, deve focar em sua reeleição ao invés de concorrer à presidência em 2026. Ele observa que enfrentar Lula não é uma tarefa fácil e ressalta que, se Tarcísio decidir se candidatar, São Paulo perderá um grande governador. Kassab sugere que, após quatro anos de realizações, Tarcísio pode emergir mais forte para uma candidatura à presidência em 2030. Além disso, ele se mantém neutro sobre uma possível disputa entre Tarcísio e Bolsonaro, valorizando a liderança do governador na direita.

O pastor Silas Malafaia criticou severamente Jair Bolsonaro em uma entrevista, expressando sua decepção pela falta de ação do ex-presidente nas Eleições 2024, especialmente na campanha de Ricardo Nunes em São Paulo. Descrevendo Bolsonaro como ‘covarde’ e ‘omisso’, Malafaia acredita que a liderança verdadeira não deve ser guiada apenas por redes sociais. Apesar de enviar mais de 30 mensagens ao ex-capitão sem resposta, o pastor afirma que mesmo desiludido, pretende continuar apoiando Bolsonaro, mas está considerando Tarcísio de Freitas como um novo aliado em 2026, destacando sua liderança efetiva.

Silas Malafaia, um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro, expressou sua decepção com a omissão do ex-presidente nas recentes eleições municipais, considerando-a uma vergonha. Em uma entrevista, Malafaia acusou Bolsonaro de covardia por não se opor a Pablo Marçal, temendo uma possível derrota em São Paulo. Ele criticou a falta de posicionamento político do ex-presidente, afirmando que líderes devem guiar, em vez de seguir a massa. Malafaia também lamentou a falta de apoio de outros políticos e expressou sua intenção de apoiar Tarcísio de Freitas à presidência, caso Bolsonaro permaneça inelegível até 2026.

Pablo Marçal, candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, criticou a propaganda eleitoral de Ricardo Nunes, realizada pelo governador Tarcísio de Freitas. Marçal descreveu o vídeo como um 'manual prático de como acabar com a própria carreira política em 30 dias'. No anúncio, Tarcísio afirma que o ex-coach é essencial para a reeleição de Nunes, para evitar a vitória do candidato Guilherme Boulos. Marçal, por sua vez, compartilhou o vídeo em suas redes sociais e questionou a validade das afirmativas de Tarcísio, ressaltando a necessidade de uma abordagem política mais eficaz para campanha.

Um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Figueiredo Gonçalves, decidiu suspender os programas de escolas cívico-militares implementados pelo governo de Tarcísio de Freitas. A medida é válida até que o Supremo Tribunal Federal decida sobre a inconstitucionalidade da modalidade de ensino, alegada pelo Apeoesp. O desembargador destacou que a suspensão visa evitar possíveis prejuízos, tendo em vista que a criação dessas escolas não está prevista na legislação nacional. O julgamento no Supremo está paralisado há três anos, relacionado a uma ação contra uma lei semelhante do Paraná aprovada em 2021.